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A atuação profissional, necessariamente, tem que ser pautada pela práxis. Práxis na concepção de Paulo Freire, que é “reflexão e ação dos homens sobre o mundo para transformá-lo. Sem ela, é impossível a superação da contradição opressor-oprimidos”. É com essa concepção que eu, lá em 2012, editei o slogan do BPS para “a práxis da psicologia nos serviços socioassistenciais”. (imagem ao lado, de 2012)
Oito anos depois eu levo ainda mais a sério o conceito de práxis, porque aprofundei nos estudos sobre materialismo histórico, dialética e por isso, mesmo que o slogan do blog tenha mudado, atualmente, eu tenho ainda mais compreensão da necessidade de estudos para uma prática crítica que seja capaz de análises e sínteses das tessituras da realidade apresentadas na rotina do trabalho. Rotina que insiste em iludir, principalmente a(o) trabalhadora(r) pragmática, que o que está sendo resolvido é o adequado e é o que possível diante de tanta demanda e assim, dar respostas resolutivas reverberam em práticas paralelas ao emergente para que fiquem livres o mais rápido possível do problema, mesmo que isso signifique passá-lo adiante para a própria rede.
Para evitar o tempo necessário às análises da complexidade da demanda apresentada e observada, tem-se um tensionamento para se livrar do caso (- quando é que vai desligar ou encaminhar essa família?). Invertendo, assim, a direção da crítica e empacando no pragmatismo. Este que é lido, muitas vezes, como capacidade resolutiva.
E a intelectualidade? Deve ser tomada como um antídoto contra essa rotina especialista em ilusionismo e reprodutora de operações automatizadas.
Portanto, cabe a provocação para a necessidade de reivindicação pela efetivação da educação permanente e também para buscar individualmente ou em grupo a ampliação da capacidade intelectual, porém, vale uma ressalva: compreendo que estudos com base meramente positivista, funcionalista e até ouso dizer com flertes a uma coachingzação neste campo, é endereçar à trabalhadora apenas as dimensões individuais e técnicas, despolitizando as dimensões políticas e estruturais.
Texto elaborado a partir da reflexão: “trabalhador não é reprodutor de procedimentos” feita pela profª. Aldaíza Sposati, durante o Webinário do @pesquisarsuas – transmitido pelo canal da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal e a partir da minha fala na Roda de Conversa do último dia (07) no @Gesuas.
Referência:
Paulo Freire. Pedagogia do oprimido. 67ª edição .Editora Paz e Terra, 2013.
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