Lançamento do [MINICURSO ONLINE] EDUCOMUNICAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS – etapa Sudeste

O evento está marcado para os dias 6 e 7 de maio. Programação Dia 6 de maio, sexta-feira 16h – Credenciamento 17h30 – Intervenção Cultural Com Anderson Lobo e Edu Santos 18h – Mesa de abertura 19h – Mesa temática “Gestão de riscos e desastres no SUAS: um diálogo com a Psicologia Ambiental” Palestrantes: Joari Aparecido Soares de Carvalho e Zulmira Bonfim Mediação: Márcia Mansur Dia 7 de maio, sábado 8h – Apresentação de trabalhos (sessões de comunicação oral) 10h – Roda de conversa “SUAS e o movimento de trabalhadoras(es): diálogo com o FNTSUAS” Convidadas(os): Barbara de Souza Malvestio, Flávia Reis, Leonardo Koury Martins e Vanessa Brito Mediação: Fernanda Magano e Luanda Queiroga 12h – Intervalo 13h – Rodas de conversa (concomitantes): “Atuação da Psicologia na gestão integral de riscos e desastres” Convidadas: Claudia Simões, Juliana Gomes, Luziana Morais, Maria Carolina Fonseca Roseiro e Renata Miranda. Mediação: Maria Júlia Andrade Vale “Articulações do SUAS com o Sistema de Justiça” Convidadas(os): Daniele Carmona, Fabrício Pereira, João Henrique Borges e Thais Vargas Mediação: Marleide Marques “Atenção à população de rua durante a pandemia da Covid19” Convidadas(os): Claudenice Rodrigues Lopes, Mayara Dantas, Samuel Rodrigues e Vanessa Brito. Mediação: Jéssica Isabel 15h – Intervalo 15h30 – Mesa temática “VÍNCULO, REDE E AFETO: avanços, desafios e construções da Psicologia no SUAS em tempos pandêmicos” Convidadas: Rozana Fonseca e Thaís Miranda; Mediação: Ivani Francisco de Oliveira 17h – Encerramento
Esvaziamento e improdutividade de eventos: da autorreferência à Intersetorialidade

Na última semana eu falei com quem acompanha o BPS lá no Instagram que eu participei de dois eventos em um único dia na minha cidade e que por vibrar com a possibilidade de participar de espaços para discutir temas tão importantes em um contexto com poucas oportunidades, eu faria um texto com algumas provocações e reflexões desencadeadas pela minha participação em cada um desses eventos. Fui provocada de várias maneiras, mas a questão que trago neste texto é a respeito do modo segmentado como as organizações realizam seus eventos. O primeiro evento II Enfrentamento à Violência contra a Mulher foi organizado e promovido pela OAB subseção local, através da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher. Um evento bem organizado, profissionais/palestrantes do direito e de outras áreas como psicologia, enfermagem e medicina empenhadas em falar sobre as diferentes formas de violência contra mulher. Contudo, um espaço vazio com poucas participantes me fez refletir o quanto esse evento poderia atingir mais pessoas, mulheres e instituições. Como pode um evento falar sobre enfrentamento à violência contra mulher sem a participação dos serviços da Assistência Social, em especial do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos? Cadê o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher? Assim me debrucei a refletir como as organizações elaboram, promovem e executam seus eventos. Esta questão já me acompanha a um bom tempo especialmente quanto a realização das conferências municipais. É comum, na minha região e em algumas cidades de pequeno ou médio porte que já participei, que as conferências são da e para o própria pasta. Temos a participação, ou melhor, as representações de diferentes setores, que muitas vezes compõem a mesa na abertura, saem na foto e logo depois se dispersam do local porque têm outros compromissos para cumprir. Mas onde está o fracasso se cada setor promove seus eventos com convites aos mais diversos representantes de cada equipamento do executivo, legislativo, judiciário e organizações não governamentais, assim como a sociedade civil? Antes de discorrer sobre essa pergunta vamos ao segundo evento do dia. Quem estava promovendo o evento? A Secretaria de Assistência Social. O evento tinha como proposta divulgar a implementação municipal de políticas de igualdade racial, o tema era Promoção da Igualdade Racial – Um dever de Todos. Compondo a plateia, majoritariamente, estavam os próprios servidores da secretaria promotora do evento, tinham outros representantes como educação, da cultura e Universidade Estadual, campus local, de onde vieram a/os palestrantes, eu, que assinei a lista como representante de um equipamento da saúde mental, mas nem meus pares sabiam que eu estava ali, os demais eu não sei para mencionar aqui. Não tirando a importância dessas participações, mesmo que pulverizadas, eu quero aqui é provocar a reflexão: por que os eventos continuam sendo realizados de maneira tão segmentada? Onde está todo mundo? Política de igualdade racial é para toda organização colocar na agenda, assim como o enfrentamento à violência contra mulher. Mas por que estas agendas, quando existem, não se cruzam? Eu conjecturo que tem a ver com a elaboração, ou seja, com o planejamento desses eventos, e que não deixa de ser um resultado da falta da intersetorialidade. Se ela existe é muito inexpressiva. Planejar um evento é ir muito além de cumprir protocolos ou comunicar uma ação. Evento deve ser uma estratégia para promover participação diversa em elaboração, execução, avaliação e divulgação de resultados de operacionalização e gestão de políticas sociais, sejam elas ofertadas pelo poder público ou entidades privadas. Com base na administração pública, se as secretarias não realizam gestão partilhada o resultado só poderá ser a desconexão com uma comunicação intrasetorial mantendo a blindagem pelo autocontrole e isolamento político. Vale lembrar que a comunicação entre operadores não gera mudança significativa, mas deve ser levada à reflexão porque facilmente são confundidas com processo de intersetorialidade. Vai-se, conseguinte, perpetuando a fragmentação das políticas públicas e muitas vezes a sobreposição de ações, levando a um resultado inegável de enfraquecimento e inoperância dessas políticas sociais que, paradoxalmente, se desenrolam sob altos esforços de quem as operacionaliza. Mas é válido pontuar que não se trata apenas de um problema de má administração pública, ou do isolamento das instituições privadas, porque a intersetorialidade é um conceito complexo e vai além da união de setores, trata-se de relações de poder e que muitas vezes as tensões e questões políticas são forças que favorecem a realidade descrita neste texto. Por isso, enquanto tivermos precarização das relações trabalhistas, primeiro-damismo, cargos instáveis de gestão ocupados sem o critério de competência técnica, o cenário não é muito promissor, mas nem por isso devemos tratá-lo como imutável e um bom começo é questionar a autorreferência para dar espaço à autocrítica. Instagram do Blog: @psicologianosuas Facebook: Blog Psicologia no SUAS
Parabéns às pedagogas/os do SUAS
Estamos precisando de “Práxis” e Paulo Freire pode nos ajudar muito na Assistência Social e por isso escolhi um trecho do livro “Pedagogia do oprimido”, pág.42, para felicitar nossas colegas do SUAS com formação em pedagogia pelo dia de hoje – Dia Nacional da/o Pedagoga/o – Lei nº 13.083 (2015)!#interdisciplinaridade ❤️
Feliz dia da/o Psicóloga/a!
Orientações do CNAS sobre as Conferências de Assistência Social de 2017
Tenho recebido vários e-mais solicitando materiais sobre a Conferência de Assistência Social. Por isso, informo que os documentos que tenho são os disponibilizados pelo Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS. Para facilitar o acesso irei deixar os arquivos dos Informes CNAS aqui para download (mas estão todos no Blog do CNAS, onde sugiro que você deem uma navegada para conhecer mais do processo de Conferência e controle social). BAIXAR: Informe nº 02 – Orientações temáticas e organizativas para as Conferências Municipais de Assistência Social de 2017– CLIQUE AQUI BAIXAR: Informe nº: 03 – Distribuição de Delegados – CLIQUE AQUI Controle social – é o exercício democrático de acompanhamento: da gestão e avaliação da Política de Assistência Social, do Plano Plurianual de Assistência Social e dos recursos financeiros destinados a sua implementação BAIXAR ⇒Gestão do SUAS e o Controle Social (OFICINA DO CNAS COEGEMAS ) Uma produtiva conferência a todos!
Resultado do Concurso Cultural e informações sobre a seleção dos ganhadores

Chegamos ao fim de mais um Concurso Cultural. Obrigada aos 136 participantes e parabéns aos 10 ganhadores e obrigada a Editora Vozes pela parceria ao disponibilizar gratuitamente os livros! Informações sobre os critérios e metodologia da seleção dos ganhadores: A primeira análise das respostas constituiu em avaliar se a resposta contemplava todos os pontos solicitados na questão: Considerando o cenário político atual, que versa a cada ato encolher ou extirpar as políticas sociais, descreva como está a Assistência Social no seu Município e responda: você acredita que os usuários dos serviços reconhecem a Assistência Social como Direito? Por que? Após, foi escolhido, entre as respostas mais completas, 22 finalistas. Vale ressaltar que as demais perguntas, embora obrigatórias, não foram utilizadas para a seleção, o objetivo foi tecer um diálogo com as/os leitoras/es e coletar informações para fomentar futuros textos e reflexões aqui no Blog. A segunda etapa foi realizada a partir das 22 respostas finalistas, onde foi atribuído, por cada técnica da comissão examinadora, separadamente como em um júri, notas de 1 a 3 para cada uma – podendo chegar a 9 a nota máxima – conceito das notas: 1 (bom) 2 (ótimo) 3 (excelente). Após o somatório, os autores das 10 respostas com maiores notas foram considerados os ganhadores do Concurso cultural. Outro ponto relevante é que toda a análise foi feita sem a identificação dos participantes/autores. Comissão examinadora: Rozana Fonseca, psicóloga, autora do Blog Psicologia no SUAS Thaís Gomes, assistente Social, atua em CRAS e colabora com o Blog Lívia de Paula, psicóloga, atua em CREAS e também é colaboradora do Blog GANHADORES (Cada um receberá um livro cedido pela Editora Vozes) ATENÇÃO:Enviar endereço para envio dos livros para: psicologianosuas@gmail.com (o Ganhador tem 5 dias para enviar os dados, caso não ocorra será escolhido o próximo finalista com maior nota) Parabéns a vocês e muito obrigada pela participação! NOME CIDADE/UF FORMAÇÃO LOCAL TRABALHO 1 André Francisco Ribeiro Serra/ES Psicologia SETADES/ES – Gerência de Proteção Social Básica 2 Antonio Ronaut Soares Pedrosa Júnior Teresina/PI Psicologia CRAS 3 Cristiane Pereira Barbosa Almeida Dianópolis/TO Serviço Social Secretaria Municipal 4 Eveline Alves Ribeiro Caucaia/CE Serviço Social Secretaria Municipal 5 Francieli Bronstrup Três de Maio/RS Psicologia CRAS – Entidade socioassistencial 6 Marcela Harada Jucio Guarulhos /SP Psicologia ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL 7 Marcelo Soares Vilhanueva Atibaia/SP Psicologia CENTRO POP 8 Pedro Luis Borges Camaquã RS Psicologia CRAS 9 Sueli Aparecida Fontino Nova Luzitânia -SP Psicologia CRAS 10 Thais Ishimoto Tanabe da Silva Miracatu/SP Serviço Social CREAS
A Assistência Social que fazemos: da escrita ao debate (Hangout)

Oi Pessoal, Na próxima Segunda-feira, 07/11, às 20h, acontecerá o Hangout com a apresentação das colaboradoras do Blog Psicologia no SUAS e debate sobre a Assistência Social como direito. Aproveitaremos para divulgar o resultado do Concurso Cultural: Assistência Social é direito, não é caridade. Para saber sobre o concurso clique AQUI . QUER PARTICIPAR? ⇓ Preencha o Formulário AQUI e aguarde o link da transmissão que será envido para o seu e-mail. Assista ao debate
Assistência Social é direito, não é caridade -Concurso Cultural

[googleapps domain=”docs” dir=”forms/d/e/1FAIpQLScUYClVstk0B_UYtSt7zqO55qn3DvdVaVnFVI9GrKEw_NlgRQ/viewform” query=”embedded=true” width=”560″ height=”300″ /] Se você ainda não é inscrito na lista de participantes dos hangouts do Blog, acesse AQUI e faça sua inscrição para o próximo evento que ocorrerá no dia 07/11, às 20h RESULTADO AQUI
(Des)proteção socioassistencial no meio rural
Desde que publiquei o Post sobre o II Encontro das Psicólogas (os) de Minas Gerais realizado pelo CRP-MG através da Comissão de Psicologia e Política de Assistência Social (Se você não leu, clique AQUI) estava na expectativa de compartilhar com vocês uma produção da Oficina “Proteção Socioassistencial no Meio Rural” que aconteceu neste Encontro. O Psicólogo, Felipe Carvalho, que atua no CRAS de Inhapim/MG brilhou na produção e na declamação do Poema “(Des)proteção socioassistencial no meio rural”. Logo que tive a oportunidade pedi ao Felipe a disponibilização do poema para eu divulgar no Blog! e ele topou! Obrigada, Felipe e desculpe-me pela demora em publicá-lo 😉 O próprio Felipe apresenta a vocês o poema: “O poema abaixo apresentado é o resultado das problematizações e conversações desenvolvidas no II Encontro Mineiro das(os) Psicólogas(os) no SUAS, mais especificamente, das reflexões estabelecidas na oficina temática Proteção Socioassistencial no Meio Rural. Ao lermos as entrelinhas, será possível entendermos que, embora seja legítimo, além de unanimamente aceito e reconhecido a necessidade da atuação das(os) Psicólogas(os) junto às políticas públicas e, especificamente, no SUAS, ainda existe a necessidade de rompermos com alguns obstáculos que, quando não entendidos e transformados, tornam a promoção social uma possibilidade que não encontra no cotidiano de nossa atuação a materialização de seus reais objetivos. Com uma linguagem simples e um suave toque vocabular mineiro, essa construção poética, passa a habitar não mais um EU, mas agora, depara-se com um patamar coletivo e, então, habita em NÓS”. (Des)Proteção Socioassistencial no meio rural Acordo cedo todo dia, Antes mesmo do sol raiar, Numa van superlotada Num território vou atuar. Sou psi com muito orgulho, Mas to buscando do que me orgulhar. Os meus olhos mesmo abertos Estão cansados do que têm pra olhar. A demanda só aumenta E vem de todo lugar: Da saúde, da escola E da assistência pra completar. Tem muita gente querendo mudança Sem saber por onde começar. Já que p CRAS ta funcionando É pra lá que vamos mandar. Documentos, acompanhamentos, Logística, direitos e cestas para doar: Eu tô custando compreender O meu papel e o meu lugar. É muito grupo ou gato pingado, Muita festinha pra comemorar, É muito por que indo pra fora E pouca resposta pra entrar. Bolsa Família dizem ser carro chefe. A gente chega até a engasgar. É muita gente falando do SUAS, Mas pouco adianta somente falar. Orientar, pactuar, Prevenir, encaminhar, Deferido, indeferido, Vocabulário espetacular. Tem salinha pra todo mundo, Mas tem território que não dá pra escutar, O sigilo tá comprometido, Aonde é que isso vai dar? Território é terra física e cultural. Sujeito é mundo a explorar. Tem grupo que se forma lá na roça Só porque a fome vão saciar. Eu não to procurando culpados. Eu só quero dignamente trabalhar, Mas acredito que só vou conseguir Se romper com esse mal-estar. Autor: Felipe Eduardo Ramos de Carvalho, Psicólogo, Técnico de Referência da equipe volante do CRAS de Inhapim/MG, Escritor e articulista. Clique na imagem abaixo para fazer o download do poema em pdf Para ver as fotos do evento e saber mais, clique AQUI Aproveite para assistir ao vídeo (CRP04/MG) do evento, você pode conferir as palestras, as apresentações da Oficinas e ainda ouvir a leitura do poema! Parabéns, Felipe! tenho certeza que o grupo que participou da oficina também te agradece por transformar as discussões de todos em algo tão vivo e permanente!