Acompanhamento familiar e o SICON

Olá leitores! como vão? hoje compartilho com vocês um artigo, cuja autoria é também de uma leitora do Blog, a psicóloga Graça Santiago (a qual tive o prazer de conhecer em um evento que participei no Instituto de Psicologia – IPS/UFBA ano passado 😉 ). Recebi o artigo há meses, mas só agora pude ler e compartilhar com vocês. Vale muito a pena porque o resultado da pesquisa divulgado neste artigo provavelmente se repetiria em vários municípios e Estados e é realmente um assunto a ser melhor trabalhado e analisado pelas equipes do SUAS e da gestão do PBF em todos os Municípios. Trata-se das incoerências, imprecisão e desatualização dos registros do SICON, realizadas principalmente pela educação, fato analisado através do cruzamento destes registros com os dados coletados em busca ativa pelas equipes do PAIF/CRAS e PAEFI/CREAS para realizar o acompanhamento familiar prioritário das famílias em descumprimento das condicionalidades do Programa Bolsa Família. Mostra portanto, a extrema relevância do acompanhamento familiar para que as famílias não sejam prejudicadas, perdendo o benefício, por erros de sistema e muito menos por desconhecimento da situação familiar por parte da educação. Enfim, vamos ao artigo porque tem muito mais pontos para reflexão! Para baixar o artigo é só clicar no link: PBF – Acompanhamento familiar no SUAS (SANTIAGO, M. G. O. ; GRAMACHO, M. V. S. D. ; DAZZANI, M. V. M. . PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: ACOMPANHAMENTO FAMILIAR NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, v. 18, p. 228-248, 2013) Ah, Graça também tem um Blog, é a autora do “Prosa Cultural” 😉 Quer ler mais artigos e dissertações sobre a temática do SUAS? Dissertações e Teses – Atuação psicólogos em CRAS – CREAS ——– O fazer Psi no CRAS/PNAS em mais 2 artigos! —— em breve atualizarei a lista com mais artigos! Boa leitura!

Teleconferência sobre o PAIF

“O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) promove nesta segunda-feira (31) teleconferência sobre Proteção e Atendimento Integral às Famílias. O programa será exibido das 9h às 10h30, pela TV NBR, do governo federal. A teleconferência terá a participação de Léa Braga, diretora do Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS;  Maria Helena Tavares, coordenadora geral dos Serviços  Socioassistencial  a Famílias da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS;  Márcia Pádua Viana, assessora técnica do Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS eMichelly Eustáquia do Carmo, analista técnica de Políticas Sociais do Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS”. FONTE: Site MDS

Como compor as equipes de referência dos CRAS, CREAS e alta complexidade.

  “A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS representa um avanço no que diz respeito à profissionalização da política de assistência social, com vistas a garantir aos usuários do Sistema Único de Assistência Social serviços públicos de qualidade.As diretrizes da NOB-RH/SUAS orientam a ação de gestores das três esferas de governo, trabalhadores e representantes das entidades de assistência social que, cotidianamente, lidam com os desafios para a implantação do SUAS“                               Em tempo de composição das equipes dos CRAS, CREAS e demais serviços, programas e benefícios, vale conferir e colocar em prática o que preconiza a NOB-RH/SUAS a fim de cumprir as determinações de consolidação do SUAS pelo MDS e das deliberações das últimas Conferências de Assistência Social. Neste momento, a Gestão do SUAS, deve primar pela organização e ou reorganização do Sistema, dento em vista a importância da oferta ininterrupta dos serviços socioassistenciais e da oferta dos programas e benefícios que estão implantados e em andamento em cada Município.  Relendo a NOB-RH-SUAS – ANOTADA E COMENTADA, gostaria de reforçar e tecer alguns pontos e comentários acerca do Capítulo IV – Equipes de Referência.  1 – O que é equipe de Referência? São os profissionais, de nível médio e superior – EFETIVOS, que irão executar o SUAS no Município. Atenção para a palavra EFETIVO, pois se consideramos a realidade dos Munícipios, percebemos o quão longe estamos de atingir as metas referente a Gestão do Trabalho e consequentemente as Prioridade e Metas para a gestão municipal, no âmbito do Pacto de Aprimoramento do SUAS, previsto na NOB SUAS/2012, para o quadriênio 2014/2017 – CIT.  Sobre equipe de referência: “O Sistema Único de Assistência Social, inspirado nos conhecimentos já produzidos no âmbito do SUS, adota o modelo de equipes de referência. Isso significa que cada unidade de assistência social organiza equipes com características e objetivos adequados aos serviços que realizam, de acordo com a realidade do território em que atuam e dos recursos que dispõem” este trecho extraído da NOB-RH, nos chama a atenção quanto a formação da equipe considerando a demanda e números de famílias a serem referenciadas e atendidas efetivamente. A atenção a este ponto é válida ao observar que a composição da equipe não é algo engessado, ou seja, uma equipe de CRAS não é necessariamente composta por: 2 assistentes sociais, 1 psicólogo, 1 pedagogo e 4 agentes sociais – vejam o tópico 2 a seguir.  2 – Quais os profissionais compõem a equipe de referência? A equipe será composta de acordo com as diretrizes da NOB-RH, e o quantitativo dos profissionais devem ser definidos segundo o reconhecimento da situação local e vulnerabilidades sociais a serem combatidas e erradicadas. Além da quantidade, deve-se pensar na inserção de profissionais com formação em áreas que irão responder às diversidades e complexidades de demandas. Sobre isso, deve-se recorrer à Resolução nº 17, de 20 de Junho de 2011 – os Fóruns dos Trabalhadores do SUAS, têm lutado e demonstrado que esta relação deverá crescer, considerando que a questão da desigualdade social, da exclusão, da precariedade no acesso a profissionalização, ao trabalho, e das relações conflituosas e excludentes da globalização e do capitalismo, são objetos de estudos, pesquisas e intervenção de diversas áreas do saber que ainda não compõem as equipes do SUAS, as quais têm como desafio mudar minimamente este cenário. Art. 2º Em atendimento às requisições específicas dos serviços socioassistenciais, as categorias profissionais de nível superior reconhecidas por esta Resolução poderão integrar as equipes de referência, observando as exigências do art. 1º desta Resolução. (…)§3º São categorias profissionais de nível superior que, preferencialmente, poderão atender as especificidades dos serviços socioassistenciais:Antropólogo;Economista Doméstico; Pedagogo; Sociólogo; Terapeuta ocupacional;  Musicoterapeuta.   Art. 3º São categorias profissionais de nível superior que, preferencialmente, poderão compor a gestão do SUAS:Assistente Social PsicólogoAdvogadoAdministradorAntropólogo Contador Economista Economista Doméstico Pedagogo Sociólogo Terapeuta ocupacional  3 – O profissional formado em psicologia é PREFERENCIAL OU OBRIGATÓRIO? Vejam que neste documento NOB-RH/SUAS anotada e comentada (de 2006 e reimpressa em 2011) o quadro com a distribuição de profissionais segundo o Porte do Município, não contempla as atualizações ocorridas com a Resolução nº 17 – CNAS. Por isso, é importante enfatizar que devemos usar os documentos de referência do MDS, atentando para as atualizações dos mesmos, através de Resoluções, Notas Técnicas e outros. Uma vez que a implementação desta política, exige atualizações constantes.  A seguir, quadro com as categorias que compõem a equipe de referência dos CRAS  (sem atualização da RESOLUÇÃO Nº 17, 20/07 de 2011).  Sobre as equipes do CREAS, vale atentar para o fato de que não é a mesma equipe que irá atender a alta complexidade, conforme o quadro acima. As equipes volantes também devem ser consideradas na expansão dos serviços socioassistenciais em territórios com extensão geográfica fora do alcance da equipe formada em casa unidade. Clique no link para informações das EQUIPES VOLANTES Materiais citados neste texto e disponíveis para download: 1 – Norma Operacional de Recursos Humanos do SUAS  -Anotada e Comentada, revisada e reimpressa em 2011 – Clique para baixar: NOB-RH-SUAS – ANOTADA E COMENTADA 2 – Resolução nº 17, de 20 de Junho de 2011 – Clique para baixar: Resolução nº 17 – CNAS 4 – Resolução nº 33, de 12 de Dezembro de 2012 que Aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social -NOB/SUAS – : Clique para baixar: Nova NOB-SUAS CNAS 5 – Prioridade e Metas para a gestão municipal, no âmbito do Pacto de Aprimoramento do SUAS, previsto na NOB SUAS/2012, para o quadriênio 2014/2017 – CIT – Acesse o link do texto no Site do MDS: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/cit-define-prioridades-e-metas-municipais-para-o-periodo-2014-2017 5 – CREAS – Recursos Humanos – Como deve ser a composição da equipe de referência do CREAS? link:http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/assistencia-social/pse-protecao-social-especial/creas-centro-de-referencia-especializado-de-assistencia-social/creas-profissionais 6 – CRAS – Quais são os profissionais necessários no CRAS – Centro de Referência de Assistência Social? Link: http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/assistencia-social/psb-protecao-especial-basica/cras-centro-de-referencias-de-assistencia-social/cras-profissionais 7 – A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS  –  SLIDE – Denise Colin – (NOB–RH/SUAS) frente às demandas dos trabalhadores do SUAS Espero ter contribuído e provocado a releitura destes materiais, não sou ingênua de

+ 100 músicas para Dinâmicas de Grupos

Post atualizado em: 08/12/2019 Agora estamos no Spotify e tem tanta música que perdemos a conta, mas posso dizer que as centenas de músicas já somam quase 10 horas e com certeza você vai encontrar uma que te ajude na realização de suas atividades coletivas. Olá pessoal! O post de hoje é especial (assim como os outros 😉 ) mas escrevo assim porque a promessa de atualizar a lista com as sugestões de músicas para dinâmicas/trabalhos com grupos, já estava virando caso de descuido – veja o Post anterior: Músicas para Dinâmicas de grupo – Parte I  A música é uma linguagem que não precisa ser explicada, a riqueza está em cada um apreender o que determinada música foi capaz de simbolizar e provocar emoções e afetos. Então, a tomo como um disparador e campo provocador de emersão da emoção, da fala e da reflexão entre o que se diz e o que ressoa no outro. Cada música tem um mote, um assunto predominante, pelo menos na minha escuta e é esse critério que utilizo ao escolher a música B ou C para compartilhar com um determinado grupo. Ou seja, a escolha é intencional mas o alcance e o que cada sujeito vai fazer com o que ouviu depende da escuta e reflexão de cada um acerca do trabalho proposto. Música também é instrumento de aprendizado pra mim. Então, se você não trabalha com dinâmicas e não desenvolve trabalhos com grupos, apenas ESCUTE as músicas e ouça o que elas têm a dizer, garanto que virão boas reflexões e “desequilíbrio” em suas ideias. Vamos à lista! Agradeço a todos que deixaram sugestões no Post anterior e me permitiram conhecer mais músicas e atualizar esta lista! Instagram do Blog: @psicologianosuas  Facebook: Blog Psicologia no SUAS

Um trabalho possível com as famílias do PAIF

Por que meu projeto virou tema de minha Monografia no curso de Especialização em Gestão Social? Aquisições Sociais dos Usuários do Suas através de um Projeto de Reciclagem no CRAS de Eunápolis/Ba – Quem acompanha o blog , provavelmente já passou por algum link, comentário ou post sobre o Projeto Ret: Recolher e Transformar que desenvolvi com os usuários do PAIF no Cras onde atuo.  Muitos leitores me pedem o envio do Projeto, eu sempre encaminho ou deixo o link para acesso, mas confesso que era sempre preocupante, porque o projeto enviado era uma versão de 2010 e sem nenhuma informação do andamento e desenvolvimento de fato do projeto. Só não ficava mais preocupada porque junto encaminhava uma apresentação ppt com etapas e dados atualizados do Projeto e resumo do trabalho que apresentei  no VII Congresso Norte e Nordeste de Psicologia em Salvador, 2011 na modalidade Experiência em Debate. Pois bem, o projeto virou tema de minha monografia do curso de Especialização em Gestão Social e quero deixá-la aqui porque sei que está bem mais completa e atualizada e ajudará vocês a entenderem os objetivos e porque o considero uma ferramenta de trabalho com grupo socioeducativo pelo PAIF. Mas antes, quero proferir algumas palavras e fazer uma nota sobre a implantação do Projeto. Tenho amor, dedicação por este projeto e quero dizer porque. Tudo começou por um questionamento e necessidade individual. Que destino dar para os resíduos sólidos que minha família produz? a cidade tem apenas uns 15% de saneamento básico, quem dirá coleta seletiva! o que fazer? passei a separar o resíduo sólido reciclável do orgânico, já é um passo, mas não estava bom. Diante de tantas besteiras ditas a respeito de preservação ambiental – é ideia de top model sobre xixi no banho, polêmicas e inverdades quanto a disponibilização de sacolas plásticas pelos supermercados, sensacionalismo e mídia responsabilizando indevidamente a população por desastres naturais, entre outras falácias –  resolvi tomar um atitude. Ao invés de tentar fazer as “boas maneiras” divulgadas pelos ambientalistas extremistas e jornalistas, a julgar por sua maioria, desinformados, os quais divulgam mentiras e atitudes utópicas quanto a preservação do Meio Ambiente, decidi agir com o algo concreto e comum a todos, inclusive aos ambientalistas. A destinação adequada do lixo que eu e meu marido produziámos passou a ser o problema. Qual solução? o que fazer? meu marido que é Biólogo, no início, antes do projeto ir para o papel, alertou que o mesmo seria de difícil execução, e se tornou o grande colaborar técnico do Projeto e responsável pela parceria para o transporte do material. SOLUÇÃO Se meu trabalho consiste em potencialização da comunidade, favorecer e promover aquisições sociais da famílias, trabalhar com conceito de cidadania, direitos civis e sociais, porque não desdobrá-los e inserir  Meio Ambiente nessa prática? inciei com uma reunião com todos os participantes do PAIF, os quais já estavam inseridos em grupos de convivência, oficinas de artesanato e grupos socioeducativos, onde divulguei a ideia e os objetivos dos projeto. Pronto, ali nascia o Projeto RET: Recolher e Transformar ( o nome do Projeto foi escolhido pelo estagiário de Seviço Social Edriano). Iniciamos com 22 participantes. Muitos foram os desafios, desde a logística de armazenamento e transporte dos materiais quanto a dificuldade de aceitação do projeto por parte de colegas de trabalho – hoje já conto com o apoio sistemático da equipe onde atuo. Armazenamento: o Cras tem um salão muito amplo, e como foi previsto que o projeto receberia em média 40kg/mês entendemos, eu e a coordenadora do Cras na época, Zilda Seixas, a qual apoiou e acreditou muito no projeto, que o Cras poderia receber os materiais. Não deu certo, já no primeiro mês recebemos mais de 100kg. Onde armazenar isso tudo se o transporte seria realizado mensalmente? a ideia foi cobrir uma lateral da unidade para deixar o material, mas ao solicitar o material, fui questionada quanto: Que projeto é esse? o que tem esse tema haver com Cras? e com a psicologia? Fui orientada a suspender o projeto até que fosse revisto e/ou providenciado um outro local. Assim prossegui, convoquei os participantes para uma reunião e expus o problema. Eis que uma participante disponibilizou uma área coberta em sua casa para continuarmos como  o Projeto. Fiquei encantada e surpresa! como assim? em tão pouco tempo os integrantes já compreenderam a importância do que estávamos fazendo? foi muito positivo observar isso, realmente algo poderia ser mudado com a ajuda daquele grupo. Problemas como o de transporte foi resolvido com a parceria da Empresa Engecram, a qual fazia a transporte voluntariamente. Mas outras questões como falta de envolvimento da equipe, o que já era esperado, porque sabemos que a formação acadêmica não contempla e não problematiza a relação do homem com o Meio Ambiente – é tema dos cursos específicos, ainda não foram superados. Como um profissional vai desenvolver cidadania e ter condições de promover autonomia e autogestão se ele mesmo é alheio a isso? Assim, nossa cidadania se dá pelas metades, quem ousou dizer que meio ambiente é flora, fauna e água? Meio ambiente é onde estamos, é nossa casa, nossa rua, nossa cidade, então meio ambiente tem tudo haver como os problemas sociais (fome, pobreza, habitação…) para os quais somos convocados, enquanto executores de uma política pública, a estudá-los e minimizá-los. Acrescento ainda que a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos  interfere diretamente nas famílias público alvo da proteção social. Então, precisamos todos saber sobre esta política, como cidadãos e como técncos da PNAS. Fiquei bem contente quando assisti a uma entrevista da Tereza Campello na Globo News durante a RIO+20, onde ela falou da união das agendas social e ambiental, e da proposta do Piso de Proteção Socioambiental. Olha que interessante: “Desafio atual é não separar mais o debate ambiental do debate social, é atrasado agente pensar só meio ambiente, ou só pobreza, só tem um jeito de construir um mundo melhor que é pensando – como salvar o planeta, como construir formas sustentáveis

Atividades com Grupo de idosos

Atividade Colcha de Retalhos Desenvolvida pelo PAIF no CRAS I – Eunápolis/BA – Técnica de referência responsável: Rozana Maria da Fonseca – CRP03/6262  Oi pessoal, descrevo a seguir como foi realizado esta dinâmica com o grupo de Idosos: Trocando Saberes, principalmente pelos pedidos de orientações acerca do desenvolvimento desta atividade. Já respondi por e-mail e aqui no blog, mas realmente estava superficial e acarretava em mais perguntas. Outro motivo é porque estou resgatando um dos objetivos do blog, que é divulgar o que temos feito nos Cras, Creas, então uso como um gancho importante para motivar o compartilhamento mais detalhado das atividades que desenvolvi e desenvolvo e que vocês desenvolvem. Lembro que no início do blog escrevi alguma coisa referente a nossa “timidez” quanto a divulgação de nossa atuação no SUAS, ou melhor, a falta de divulgação. Então, espero que outros colegas possam expor suas atividades aqui no blog e contribuir de fato com o fortalecimento de nosso trabalho.  Contextualização e Característica do grupo: Os participantes chegaram ao CRAS pela via da alfabetização, muitos estavam frequentando um projeto de alfabetização do Programa Bolsa Família em parceria com a Unimed e as mulheres também realizavam alguma oficina de produção (como bordado, corte e costura – na época era mais contextualizado como curso mesmo e a ideia era desenvolver atividades de geração de renda) – isto em meados de 2008-2009.  Quando entrei para o CRAS, segundo semestre de 2009, fiquei como técnica de referência para este grupo, e a demanda era para formalizar um grupo com idosos. O CRAS ainda estava sem norte quanto às atividades pautadas pelo PAIF e isso era refletido nas ações desenvolvidas. No início comecei a ler  materiais para pautar os planejamentos das atividades segundo o que era proposto pelo SUAS-PAIF, como: acompanhamento a familias PBF MDS (Orientações para o acompanhamento das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família no âmbito do Sistema Único De Assistência Social (SUAS) – Versão preliminar 2006;  PNAS, NOB/SUAS. ( Para baixar o documento, é só clicar no link acima) Minhas primeiras atividades foram com o grupo de idosos e de gestantes. Para iniciar o grupo, planejei atividades com metodologia de grupo de convivência, mas o grupo também teria a dimensão socioeducativa. O primeiro documento que citei acima também fala da dimensão reflexiva, mas eu tenho preconceito com este termo quanto foco de uma oficina, pois o que seria reflexivo? A reflexão não está imbricada tanto no grupo socioeducativo como o de convivência, ou numa palestra, numa oficina com foco em arte, como música, teatro, e também num grupo operativo? É apenas um posicionamento meu e este não é o momento para prosseguir com esse questionamento.  Entre as atividades que desenvolvi com o grupo, o foco aqui é no desenvolvimento da Colcha de Retalhos. Esta atividade começou depois que encontrei a Dinâmica da Colcha de Retalhos no site: http://www.mundojovem.pucrs.br/dinamicas/colcha-de-retalhos. Usei como inspiração e adaptei aos objetivos que tinha traçado para e com o grupo. O desenvolvimento não foi linear, ao longo do semestre foram desenvolvidas outras atividades paralelas, como palestras interativas sobre o SUAS, Cras, rede socioassistencial do Município, entre outras, palestras e/ ou “conversa em roda” para debater um tema gerador, o qual era proposto após uma identificação de demanda e ainda realizávamos a comemoração dos aniversariantes do mês.  Vamos ao quadro com o desenvolvimento das atividades: CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL  – Eunápolis/BA CRONOGRAMA GRUPO TROCANDO SABERES Nº ENCONTRO ATIVIDADES DURAÇÃO 1 Etapa I – Apresentação dos integrantes e exposição dos objetivos da atividade: Colha de Retalho –  Resgate da  história de vida dos integrantes – para que eles se apropriem com de suas experiências vividas e possam compartilhá-las com o grupo e assim, resgatar a auto-estima e melhorar o vínculo interpessoal 01:40 2 Continuação: Resgate da história de vida dos integrantes – levantamento das habilidades dos participantes, e enfatizando a expressão de como eles lidavam com o fato de não terem sido alfabetizados. 01:20 3 Corte do tecido e explanação sobre a atividade– reforçando o objetivo e o período previsto: expressar através de um desenho livre, a representação da história de vida, alguns iniciaram a pintura. 01:40 4 Continuidade da atividade: Colcha de retalhos – Início da pintura em tecido – construção e compartilhamento de experiências de vida 01:20 5 Continuidade da atividade… Avaliação 2:00 6 Etapa II – Colcha de retalhos – Levantamento sobre a história do bairro dos participantes relacionada ao sentimento de pertença, ou não com o território e com a cidade. 01:30 7 Continuidade… 01:30 8 Continuidade da atividade 1:45 9 Exibição parcial das pinturas e avaliação da atividade 2:00 10 Etapa III – Costura das peças individuais das pinturas 01:30 11 Continuação Etapa III e preparação para a finalização 01:30 12 Colcha de Retalho – finalização 01:30 13 Roda de Conversa, onde cada um falou sobre as pinturas feitas e realizaram uma avaliação geral das Atividades e planejamento  da exposição da colcha na feira de talentos. 01:30 14 Exposição na Feira de talentos* 02:00 Atividade baseada na dinâmica de mesmo nome e desenvolvida juntamente com outros grupos em andamento no CRAS. Fotos  [slideshow]  Dinâmicas utilizadas: Crachá Nome e característica pessoal Teia de gente História inacabada Jogo da memoraria Revivendo histórias e contos Desenho coletivo Quadro comparativo Painel do grupo TIC- TIC-TAC-BUM Defeitos e qualidades Batata quente Balanço na balança Feira de talentos  Todas estas dinâmicas estão publicadas no Documento (Orientações para o acompanhamento das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família no âmbito do Sistema Único De Assistência Social (SUAS) – Versão preliminar 2006  Para mais dinâmicas, sugiro o livro: Dinâmicas Para Idosos: 125 Jogos e Brincadeiras Adaptados  Viabilidade da atividade:  Importante ferramenta para favorecer a expressão e comunicação dos usuários não alfabetizados e ou aqueles que apresentam dificuldade de verbalizar ideias e com dificuldades nas relações interpessoais;  Instrumento que permitiu o resgate e valorização da história de vida de cada participante.  Observações: Muitos participantes nunca tiveram contato com lápis, pincel e tinta e estes apresentaram uma gratidão enorme em poder traçar algumas linhas e

Músicas para Dinâmicas de grupos

Agora estamos no Spotify e tem tanta música que perdemos a conta, mas posso dizer que as centenas de músicas já somam quase 10 horas e com certeza você vai encontrar uma que te ajude na realização de suas atividades coletivas. Post atualizado em 08/12/19 Oi Pessoal, Quem concorda que música é uma importante ferramenta para fomentar discussão e possibilitar que atividades com grupos provoquem menos “sono”? se disse sim, leia o texto e ouça as belas músicas que separei ao descobrir nelas, temas inerentes às discussões mais comuns de meus trabalhos com grupos. Listei algumas músicas (37) ( acesse também a PARTE II AQUI São mais 100 músicas) com temáticas bem relevantes, as quais podem ser usadas em dinâmicas de grupo, ou em quaisquer atividades coletivas (com adolescentes, adultos, jovens, idosos) como grupos de convivência, grupos socioeducativos, palestras, trabalho com equipe, e no que mais nossa imaginação e criatividade permitir o trânsito dessas músicas. Ao propor um tema de trabalho, se já conhecemos determinada música, logo o atribuímos a esta,  mas o contrário também é possível, pois ao ouvir e ler a letra da música conseguimos ligá-la a diversos temas trabalhados, seja nos grupos do PAIF, PAEFI, SCFV, empresas, escolas, etc. E foi este último exercício que possibilitou a criação desta lista, às vezes eu queria alguma música para facilitar uma discussão e encontrava dificuldades, principalmente por causa do tempo – sim, pesquisa leva muito tempo! Então, esta lista é pautada na minha necessidade de trabalho, e  decidi dividi-la com vocês. E claro, espero a sugestão e colaboração de vocês para continuarmos atualizando esta lista. PLAYLIST BLOG PSICOLOGIA NO SUAS PARTE II – MAIS de 100 MÚSICAS para dinâmicas de grupo Instagram do Blog: @psicologianosuas  Facebook: Blog Psicologia no SUAS

Já Atua no SUAS-CRAS? o que ler

Seguindo a ideia de deixar os materiais de leitura e estudo mais visíveis, disponibilizo uma lista daqueles que entendo ser importante para os profissionais que já estão atuando e já leram os documentos básicos. Imagino que vocês já leram os documentos da página Está começando no CRAS? o que ler se não, acesse AQUI , se sim, ótimo, mas eles continuarão com vocês! isso mesmo, são documentos imprescindíveis e  requerem uma constante consulta, seja para elaborar projetos, planos de trabalho, planejar atividades mais rotineiras, seja para preparar materiais de divulgação do trabalho da PSB, porque quem  aí nunca teve que montar uma apresentação – pp- para ir dar uma palestra sobre CRAS, SUAS, PAIF, BPC, e outros assuntos? é preciso ter esses materiais sempre em mãos. NOTA: ESSA DIVISÃO DO POST É APENAS PARA FACILITAR QUEM BUSCA POR ESSES MATERIAIS E OU ESTÃO COMEÇANDO NO CRAS (maior parte das perguntas/comentários se refere a isso)  – por isso dividi em duas categorias. acredito que quem acabou de ser contratado para atuar na PSB não vai começar lendo caderno de gestão do PETI ou NOB-RH … começaria pela Tipificação, cadernos PAIF, não é? Vou disponibilizar materiais do SUAS em geral, mas ressalto que temos que visitar e/ou revisitar teóricos, teorias de nossa área de atuação e  porque não visitar algo que nos esclareça as atribuições dos demais colegas de trabalho e conhecer um pouquinho sobre áreas que nos favoreça e auxilie numa atuação mais eficiente. Devo dizer também que os materiais referente ao CREAS são parte desta sugestão, porque não dá para atuar em CRAS sem saber o que se faz no CREAS! e vice-versa. Quero dizer que devemos conhecer a rede socioassistencial e a rede intersetorial do nosso Município, o que reflete positivamente nos serviços ofertados nas unidades da proteção social. Abaixo a relação dos materiais: Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS– NOB-RH/SUAS Estatuto do Idoso O CRAS que temos, o CRAS que queremos – Volume 1 Orientações Técnicas Gestão do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no SUAS Orientações Técnicas sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes de 6 a 15 anos (prioridade para crianças e adolescentes integrantes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) Projovem -adolescencias- Juventudes e Socioeducativos – Concepcoes e Fundamentos Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária Guia de Geracao de Trabalho e Renda – Nova Perspectiva na Elaboracao de Politicas- Programas e Projetos de Geracao de Trabalho e Renda – 1a edicao 2008 Lei 08.742 – 07.12.1993 – LOAS consolidada (Lei 12.435_2011) LIVRO Bolsa_Familia Resolução Retifica a composição da equipe de referencia Resolução CIT 2011 – 004 – 24.05.2011 – Parametros para o registro de informações no CRAS e CREAS-1 Artigos TRABALHO COM FAMÍLIAS TRABALHO INTERDISCIPLINAR Apresentacao Painel 1.1 Lucia Afonso-2 METODOLOGIA FAMILIAS acompanhamento a familias PBF MDS ( de 2006, mas é interessante – tem exemplos de dinâmicas de grupo no final) INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NA COMUNIDADE O papel do psicologo – Martin-Baro Martin-Baró PSICOLOGIA E POBREZA NO BRASIL O ELOGIO DA TRANSVERSALIDADE TECNICA GRUPOOPERATIVO processo grupal martinbaro crepop psi Ufa! Por hoje é isso pessoal!  a maioria está disponível no site do MDS, onde tem mais materiais não disponibilizados aqui – endereço do site: http://www.mds.gov.br/ e os demais são materiais do meu arquivo. Ps. Vou atualizar a página com indicações de sites e blogs afins… sugestões de LIVROS vocês podem conferir abaixo Sugestão livros 1 Sugestão Livros 2 Sugestão livros 3 Sugestão 4 Espero que seja útil!  deixe sua sugestão e quais leituras vocês consideram imprescindíveis para o trabalho no SUAS! Boa leitura!

SUAS: perspectivas para o trabalho integrado com a questão do crack e outras drogas

Está disponível no site do MDS um documento  intitulado: Sistema Único de Assistência Social – SUAS: perspectivas para o trabalho integrado com a questão do crack e outras drogas. Minha opinião: Para os trabalhadores do SUAS, o documento não explana muitas novidades – a não ser a indicação de que esse tema deve permeiar as ações  da PSB e PSE (para aqueles profissionais menos preparados e inciantes nesta política)  – parece um documento para explicar às outras politicas públicas o que fazemos no SUAS e como podemos contribuir através do PAIF, PAEFI e SCFV. Válido pela iniciativa e pela discussão! ressalto que o documento traz também o controverso discurso acerca do Crack (…” crack e outras drogas”). Tema que rende uma longa discussão. Porque tratar o crack como quase uma entidade? será que esse discurso controverso não contribui para medidas higienistas e segregadoras por parte do governo e sociedade? pois é isso que estamos vendo!  Sumário do Documento: Parte 1 – Sistema Único de Assistência Social – SUAS Parte 2 – PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA: a importância da dimensão preventiva do  uso  e dependência do crack e outras drogas  Parte 3 -PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL: ações integradas para a atenção a situações de risco pessoal e social associadas ao uso/dependência de crack e outras drogas Para Baixar clique a seguir  suas-pespectivas-para-o-trabalho-integrado-com-a-questao-do-crack-e-outras-drogas  ou  CLIQUE AQUI (UPDATE: o documento não está mais disponível no site do MDS – 14/10/2016   Fonte: MDS Boa leitura!

Orientações Técnicas Sobre o PAIF – Vol. 2 Trabalho Social com Famílias

Olá Leitores, Trago boas novas! em especial àqueles que me acompanmham há um tempo e participaram com comentários e perguntas!  enfim, o Caderno de ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O PAIF: Vol. 2   Trabalho Social com Famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF. Será que nossos problemas acabaram? 🙂 Gostei do caderno, é simples, de fácil leitura e traz a formalização de orientações e informações sobre o PAIF e principalmente sobre o trabalho com famílias. Quem conhece e estudou os documentos: Diretrizes para o Acompanhamento Familiar no âmbito do PAIF (Priscilla Maia de Andrade – mesma técnica que elaborou este acima) e O CRAS que Temos e o CRAS queremos, terá facilidade na leitura e compreensão, além de perceber que não tem tanta coisa nova assim. Repito, tanto o Vol. 1 quanto o Vol. 2 trazem orientações pontuais e claras, contudo nada que muito novo, mas que se torna indispensável, tendo em vista os equívocos das ações do PAIF nos CRAS e das dificuldades de muitos profissionais em atuar com as famílias ( e um dos motivos sendo falta de referecial e especificações do serviço) Como recebo várias perguntas com dúvidas das atribuições dos profissionais dos CRAS e acerca do recebimento de demandas de outros setores, abaixo um trecho que não deixa dúvida daquilo que NÃO É NOSSO PAPEL.  O que mais gostei foi que isso corrobora meu discurso de que os serviços do CRAS NÃO TÊM E NÃO DEVEM TER CARÁTER COMPENSÁTÓRIO! [Não posso esconder minha satisfação em perceber que o PAIF aqui em Eunápolis, está no caminho certo] Boa leitura!   Não constitui atribuição e competência das equipes de referência dos CRAS: a)  Assumir o papel e/ou funções de equipes interprofissionais de outros atores da rede, como, por exemplo, da segurança pública (delegacias  especializadas, unidades do sistema prisional etc), órgãos de defesa e responsabilização (Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselho Tutelar) ou de outras Políticas (saúde mental etc); b)  Acompanhar e participar de oitiva de pessoa em processo judicial; c)  Realizar terapia ou psicoterapia com famílias e/ou indivíduos  –  competência de profissionais da política pública de saúde; d)  Elaborar parecer, laudo e/ou perícia social para compor processos judiciais, pois essa elaboração exige fundamentação e qualidade técnico-científica especializada  – competência de Assistentes Sociais do Poder Judiciário; e)  Elaborar Laudo Social, para fins de requerimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) – essa competência é do Serviço Social do INSS, conforme Portaria Conjunta MDS/INSS nº 1, de 29 de maio de 2009, que regulamenta o art. 16, § 3º, do Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007; f)  Atender casos de “indisciplina”, dificuldades de adaptação escolar, entre outros, encaminhados pela rede de ensino. No que concerne à situação escolar, compete às equipes da assistência social o acompanhamento familiar, no âmbito do Programa Bolsa Família (PBF), quando do descumprimento das condicionalidades de educação; acompanhar beneficiários do Benefício de Prestação Continuada e suas famílias, em especial do Programa BPC na Escola. Para BAIXAR o CADERNO clique Orientacoes Tecnicas sobre o PAIF – Trabalho Social com Familias ou  AQUI Fonte: MDS http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaobasica