Supervisão Técnica On-line

AGENDA 2020 Agendamentos através do WhatsApp (73) 98159-0221 ou pelo e-mail psicologianosuas@gmail.com O que é? Orientação técnica aos trabalhadores do SUAS que se encontram com dúvidas ou com problemáticas ao desenvolver a prática nos serviços de CREAS e CRAS. Quem pode fazer? Todos os trabalhadores e profissionais que atuam na gestão como coordenadores, diretores e gestores do SUAS Como é realizada? Através de vídeo conferência (ao vivo) pelo Skype ou Google Recursos necessários Computador com acesso a internet e aplicativo Skype instalado. O uso de fone de ouvido com microfone (pode ser o de celular, caso ele tenha microfone), melhora a qualidade da transmissão. O uso de webcam/vídeo é facultativo.  Quais assuntos são trabalhados na supervisão? Os assuntos são escolhidos pelo profissional demandante a partir das dúvidas e problemáticas ao desenvolver o trabalho na prática. Ao longo da explanação das questões apontadas são realizadas as devolutivas e orientações. Caso haja necessidade é também enviado materiais por e-mail após a supervisão. Duração de cada supervisão  Cada supervisão dura uma média 1h20 (não menos que 1h) A quantidade e a periodicidade  O número de encontros realizados dependerá da demanda e poderá ter periodicidade semanal, quinzenal, mensal ou outros intervalos . Assim como pode ter apenas um encontro. Pagamento  É realizado através de depósito bancário – Banco do Brasil – Agência: xxxx – Conta Corrente: xxxx – pagamento deve ser realizado antes da supervisão com o envio do comprovante de depósito para o e-mail ou WhatsApp: (73) 98159-0221 Honorário: Informações sobre o investimento são fornecidas por e-mail ou Whatsapp após solicitação. Escreva para psicologianosuas@gmail.com ou peça maiores informações por WhatsApp: 73 98159-0221

Feliz 2♡2♡!

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A questão social como “pobreza”: crítica à conceituação neoliberal – livro

O conceito de pobreza é um desafio para nós psicólogas, e a quem me pergunta por onde deve começar a estudar quando inicia ou quer entender melhor o trabalho no SUAS, é comum eu responder: estude conceitos como pobreza, desigualdade social e política social. Por isso é com muita alegria que fecho, por este ano, esta seção de apresentação de livros com esta obra da Vivian Dominguez Ugá, Editora Appris. A questão social como “pobreza”: crítica à conceituação neoliberal Olha como este tema está no cenário atual 🙁 Apresentação do livro: A pobreza é termo de uso comum e de longa data. Contudo, diante da proliferação de recomendações de combate à pobreza, desde os anos 90, a atual utilização desse termo merece atenção, já que envolve não apenas um modo de percepção para o social, mas, sobretudo, a construção de um conceito que ajuda a recortar e interpretar a realidade e, a partir daí, incidir sobre ela. Assim, embora procure assumir um caráter puramente técnico, o atual tratamento da questão social como pobreza pressupõe uma visão de mundo social própria, que traz consigo significados e implicações. Editora Appris Ao mesmo tempo em que se enfatiza essa transformação do pobre num indivíduo mais completo, ressalta-se também um lado “político” para a questão. Recomenda-se que esses pobres devem-se organizar, devem ser “empoderados” (empowered), para que, assim, possam ter “voz” e “participar” em busca do que se considera seu o fim último dos pobres: “sair da pobreza”. Esta “participação” muitas vezes refere-se simplesmente ao levantamento das opiniões dessas pessoas definidas como “pobres” acerca de temas relativos à “pobreza”. Assim, uma vez implementadas todas as recomendações, os indivíduos pobres estariam prontos para competir e, assim, abrir-se-iam as condições para a expansão de suas “oportunidades”. Dessa maneira, a visão de mundo pressuposta parece ser mesmo a do neoliberalismo, que, com a ajuda do conceito de pobreza, procura abarcar a realidade contemporânea e propor medidas para transformá-la. pág 291 É um livro fruto da tese de doutorado (2008) – UERJ homônimo e a própria autora fala no livro que o texto manteve-se quase intocado, portanto, se você não pode ou não quer comprar o livro, aproveite para ler e estudar a tese, basta clicar aqui Eu quero muito terminar de estudar o livro, fazer fichamento e/ou resenha para publicar aqui no blog, porque nesse tempo que estudo este conceito eu ainda não tinha encontrado uma pesquisa tão completa e que pode ser muito aproveitada no nosso contexto da Assistência Social. Portanto, voltarei a falar desse livro por aqui!! VERSÃO IMPRESSA R$ 49,00 no site da editora, mas é bom você saber que o livro também pode ser comprado em outras lojas que vendem pela internet! Saiba mais sobre a Editora Appris: Instagram Facebook Ps. Livro recebido pela Editora Appris. A autora do blog não recebe comissão pela venda do livro. Boa leitura, ótimos estudos! Instagram do Blog: @psicologianosuas  Facebook: Blog Psicologia no SUAS Que 2020 seja produtivo e cheio de encontros!! Boas festas!

Esvaziamento e improdutividade de eventos: da autorreferência à Intersetorialidade

Na última semana eu falei com quem acompanha o BPS lá no Instagram que eu participei de dois eventos em um único dia na minha cidade e que por vibrar com a possibilidade de participar de espaços para discutir temas tão importantes em um contexto com poucas oportunidades, eu faria um texto com algumas provocações e reflexões desencadeadas pela minha participação em cada um desses eventos. Fui provocada de várias maneiras, mas a questão que trago neste texto é a respeito do modo segmentado como as organizações realizam seus eventos. O primeiro evento II Enfrentamento à Violência contra a Mulher foi organizado e promovido pela OAB subseção local, através da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher. Um evento bem organizado, profissionais/palestrantes do direito e de outras áreas como psicologia, enfermagem e medicina empenhadas em falar sobre as diferentes formas de violência contra mulher. Contudo, um espaço vazio com poucas participantes me fez refletir o quanto esse evento poderia atingir mais pessoas, mulheres e instituições. Como pode um evento falar sobre enfrentamento à violência contra mulher sem a participação dos serviços da Assistência Social, em especial do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos? Cadê o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher? Assim me debrucei a refletir como as organizações elaboram, promovem e executam seus eventos. Esta questão já me acompanha a um bom tempo especialmente quanto a realização das conferências municipais. É comum, na minha região e em algumas cidades de pequeno ou médio porte que já participei, que as conferências são da e para o própria pasta. Temos a participação, ou melhor, as representações de diferentes setores, que muitas vezes compõem a mesa na abertura, saem na foto e logo depois se dispersam do local porque têm outros compromissos para cumprir. Mas onde está o fracasso se cada setor promove seus eventos com convites aos mais diversos representantes de cada equipamento do executivo, legislativo, judiciário e organizações não governamentais, assim como a sociedade civil? Antes de discorrer sobre essa pergunta vamos ao segundo evento do dia. Quem estava promovendo o evento? A Secretaria de Assistência Social. O evento tinha como proposta divulgar a implementação municipal de políticas de igualdade racial, o tema era Promoção da Igualdade Racial – Um dever de Todos. Compondo a plateia, majoritariamente, estavam os próprios servidores da secretaria promotora do evento, tinham outros representantes como educação, da cultura e Universidade Estadual, campus local, de onde vieram a/os palestrantes, eu, que assinei a lista como representante de um equipamento da saúde mental, mas nem meus pares sabiam que eu estava ali, os demais eu não sei para mencionar aqui.  Não tirando a importância dessas participações, mesmo que pulverizadas, eu quero aqui é provocar a reflexão: por que os eventos continuam sendo realizados de maneira tão segmentada? Onde está todo mundo? Política de igualdade racial é para toda organização colocar na agenda, assim como o enfrentamento à violência contra mulher. Mas por que estas agendas, quando existem, não se cruzam? Eu conjecturo que tem a ver com a elaboração, ou seja, com o planejamento desses eventos, e que não deixa de ser um resultado da falta da intersetorialidade. Se ela existe é muito inexpressiva. Planejar um evento é ir muito além de cumprir protocolos ou comunicar uma ação. Evento deve ser uma estratégia para promover participação diversa em elaboração, execução, avaliação e divulgação de resultados de operacionalização e gestão de políticas sociais, sejam elas ofertadas pelo poder público ou entidades privadas.   Com base na administração pública, se as secretarias não realizam gestão partilhada o resultado só poderá ser a desconexão com uma comunicação intrasetorial mantendo a blindagem pelo autocontrole e isolamento político. Vale lembrar que a comunicação entre operadores não gera mudança significativa, mas deve ser levada à reflexão porque facilmente são confundidas com processo de intersetorialidade. Vai-se, conseguinte, perpetuando a fragmentação das políticas públicas e muitas vezes a sobreposição de ações, levando a um resultado inegável de enfraquecimento e inoperância dessas políticas sociais que, paradoxalmente, se desenrolam sob altos esforços de quem as operacionaliza. Mas é válido pontuar que não se trata apenas de um problema de má administração pública, ou do isolamento das instituições privadas, porque a intersetorialidade é um conceito complexo e vai além da união de setores, trata-se de relações de poder e que muitas vezes as tensões e questões políticas são forças que favorecem a realidade descrita neste texto. Por isso, enquanto tivermos precarização das relações trabalhistas, primeiro-damismo, cargos instáveis de gestão ocupados sem o critério de competência técnica, o cenário não é muito promissor, mas nem por isso devemos tratá-lo como imutável e um bom começo é questionar a autorreferência para dar espaço à autocrítica. 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