Os diálogos entre Mario Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro, reproduzidos no livro “Política: para não ser idiota”, permitem lembrar que, no passado, havia algo de sagrado nas reuniões políticas. A ideia de uma ekklesia (o vocábulo grego para reunião, o qual deu origem à palavra igreja) referia-se a uma comunidade de fé, uma assembleia como “eclésia”.
A política era vista como arte que nos faz humanos. A la Aristóteles, nossa classificação seria – gênero próximo: humano; diferença específica: racional; diferença específica entre os humanos: político. O contrário disso é o idiota – que, portanto, é menos humano. O que nos torna mais humanos é justamente a capacidade do exercício da Política como convivência coletiva e como conexão de uma vida.
Hoje existem sociabilidades intensas, mas parciais. As pessoas conseguem se reunir e se entusiasmar com movimentos de reivindicação dos direitos dos negros, dos…
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