Oi Pessoal,
Não podia deixar de compartilhar com vocês um trecho da palestra* da Diretora do Departamento de Gestão do SUAS/MDS, Simone Albuquerque. A fala da Simone veio me confortar! é isso mesmo, pois é impressionante como vejo os CRAS ofertando oficinas produtivas e manuais/artesanatos como sinônimo de trabalho com famílias e como instrumento para fortalecer a comunidade/a renda das famílias. Não, nós não fazemos isso, não devemos executar uma política como cunho compensatório de outro setor público que deixou ou deixa lacunas, no caso aqui, o setor de formação profissional e inserção no mercado de trabalho, porque não vamos executar uma Política ( que é legítima – PNAS ) e muito menos a outra! o que vejo é que, em detrimento da ausência de política de inserção produtiva e geração de renda nos Municípios, a política local do SUAS absorve esta demanda e a responde de forma equivocada e perversa, prejudicando a implementação e qualificação do PAIF – arrisco dizer (hipótese) que é por não saber o que fazer, ou por querer dar visibilidade ao trabalho com resultados populares “observáveis e palpáveis”).
Vamos à fala da Simone: “(…) até hoje os PAIFs dos CRAS estão fazendo plantão social, não estão? até hoje tá distribuindo cadeira de rodas, remédio, dentadura, na assistência social, não está? até hoje está fazendo fuxico nos CRAS, não está? até hoje tem (…) bordado, pano de prato, até hoje tá achando que nós vamos fazer inclusão produtiva com os pobres, se a gente não vencer esta etapa, o SUAS também não se estabelece … não adianta querer mais orçamento, recursos, se não pontuarmos qual é nosso papel… para isso vamos fazer prioridades e metas…e mostrar resultados (…)” Simone Albuquerque, 2013*
Mas qual é o nosso negócio? nosso fazer é sustentar o lugar de uma política que está se estabelecendo como instância de oferta de serviço com qualidade através de pesquisa, planejamento, gestão social e da informação, pautados por posicionamentos reflexivos, implicantes e problematizadores de contextos familiar e social que re-clamam por proteção e atendimento dignos, estes que devem ser imbuídos de sentido para cada família e comunidade que demandarem os serviços socioassistenciais.
Para alcançar estes resultados precisamos olhar com/para as famílias e para a comunidade com uma visão isenta dos paradigmas reprodutores de ideologias e de soluções preconcebidas. Precisamos estabelecer prioridades e metas para dar visibilidade aos serviços socioassistenciais e com isso desconstruirmos, com celeridade, as falsas ideias de que a assistência social é o lugar de tudo e o lugar de sanar o que a política pública A ou B deixou de cumprir.
Agradeço ao Carlos Pereira, pela disponibilidade do vídeo desta palestra, porque esta fala tem um lugar todo especial pra mim e vem corroborar com o meu entendimento da PNAS/SUAS, e parabenizo Simone Albuquerque pela veemência e propositividade ao falar e fazer a Gestão do SUAS!
* Simone Aparecida Albuquerque – Diretora do Departamento de Gestão do SUAS/MDS na reunião do Colegiado dos Gestores Municipais da Assistência Social do Estado de Minas Gerais — COGEMAS/MG, no dia 07 de junho de 2013. Palestra sobre a NOB SUAS 2012, falando sobre o Pacto de Aprimoramento do SUAS.
Assistam ao vídeo no Canal Carlos Denis de Campos Pereira
Os profissionais de serviço social, estão tão alienados para TAMPAR os buracos de outras politicas que deixam de avançar em sua essência,vitimas do sistema onde nos fomos os supostos combatentes.Devemos acordar deste status quo, somos politica publica e como tal merecemos ocupar nosso lugar e assumirmos nossa parcela de responsabilidade.Maristela.
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Obrigada pela participação Maristela! bjos
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Rozana, realmente estas definições urgem, tanto em consideração ao que é de direito do usuário em relação às políticas públicas e seus serviços oferecidos, como em relação aos profissionais da Psicologia que ali operam. Muito boa e conveniente esta matéria!
Marília Martins de Araújo Reis
Psicóloga CRP03/02210
E-mail: mariliaamarilis@hotmail.com
Cels.: 73-8843-0696/ 9100-8772/ 8110-5000
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Oi Marília!
Concordo, pois precisamos saber: o que fazemos, pra que e quem fazemos e por que fazemos?
um bjo
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Realmente, é muita precarização nos serviços ofertados nos CRAS, falam-se que estão executando o PAIF, mas o que vejo é só produção, produção, e a tutela das famílias, “pedagiando” seus Direitos. Tenho visto de tudo menos a PNAS sendo realmente efetivada. Precisamos abrir frentes de discussões, sair da mesmice do cotidiano que faz dos profissionais seres robóticos, onde a prática profissional fica a mercê de sistemas partidários.
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Olá Rebeca! muito bom receber seu comentário aqui! concordo com você, estamos longe de ver a PNAS na prática! infelizmente… e as razões são muitas! bjos
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Rozana, bom dia!
Obrigada pelo post, já que estamos em plena crise profissional e as coisas por aqui andam complicadas..
Vou até partilhar essas suas palavras em nossa reunião de equipe.
Thiago, concordo contigo e também partilho de suas palavras.
Obrigada e bom dia!
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É isso aí Érica! vamos prosseguir com nossa caminhada, mesmo que tentem nos nomear como utópicos, uma vez que reproduzem a ideia de que qualquer coisa é assistência social e a qualidade não faz parte do roteiro, porque o público não tem parâmetros para questionar ou reivindicar!! ah, terão sim e como terão, pra isso precisamos continuar fazendo a diferença! um bjo e bom trabalho!
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Ol Rozana, como bom abrir nosso email, e encontrar pessoas como voc que propaga informaes que venha nos fortalecer. Muitssimo obrigada pela fala da Simone Albuquerque, e obrigada tambm pelo vdeo, sem dvida nenhuma vamos aprender com ele a fazer polticas pblicas como se deve, nos CRAS. Neste momento quero agradecer, e reiterar novas informaes.Att,Rose/Itumbiara-Go
Date: Wed, 12 Jun 2013 01:58:02 +0000 To: rose_valeriano@hotmail.com
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Oi Rosimeire! muito feliz com seu retorno! obrigada mesmo! um bjo
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Ah, estou com você, Rozana!
Às vezes estamos tão perdidos que é necessário um “acorda para a vida” (como costuma-se dizer)… acho correta sua afirmação de que muitos profissionais não sabem: quantos lêem as diretrizes nacionais? Quantos recorrem a bibliografias acadêmicas? Em meu município nem se discute geração de renda, até porque estamos em pleno emprego e isto mascara algumas situações.
Vejo que esta situação tem a ver com a própria política: ela sempre foi assistencialista e nossos esforços são no sentido de transformá-la. E imersos nesta realidade, temos dificuldade em modificar nossas próprias atuações. Acho que a autocrítica é essencial neste debate.
Abraços!
Thiago
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Perfeita a sua colocação Thiago! é isso mesmo e por isso trabalhar na Assistência Social é tão árduo e desafiador ( pra quem propoe e suporta o lugar da problematização e das consequências…)
Vamos prosseguir problematizando, mesmo que ainda não tenhamos ouvidos preparados para nos escutar! não vamos?
Ubraços
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